A notícia sobre o cão de um paciente infectado por coronavírus rodou a internet nos últimos dias, com a possibilidade de o animal também estar infectado. Sobre isso, a Associação Mundial de Veterinários de Pequenos Animais (WSAVA) se manifestou, complementando a nova questão que permeia entre a população mundial: cães e gatos podem infectar outros animais e humanos?
O documento da WSAVA mostra que o cão do paciente infectado apresentava um resultado “fraco positivo” para COVID-19 após testes de rotina. Em 5 de março, o Departamento de Agricultura, Pescas e Conservação de Hong Kong (AFCD) informou que foram testadas amostras nasais, orais, retais e fecais do cão. Nos dias 26 e 28 de fevereiro, os esfregaços nasais e orais apresentaram resultados positivos, enquanto, em 02 de março, apenas os esfregaços nasais apresentaram tais resultados.
Os testes, tanto no laboratório veterinário do governo (AFCD), quando no laboratório de diagnóstico para coronavírus humano, da Universidade de Hong Kong (HKU), credenciado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), detectaram uma baixa carga viral nos esfregaços nasais e orais. Ambos os laboratórios utilizaram a reação em cadeia da polimerase por transcriptase reversa em tempo real (RT-PCR) e os resultados indicam que havia uma pequena quantidade de RNA viral nas amostras. No entanto, não indica se as amostras contêm partículas virais intactas, que são infecciosas, ou apenas fragmentos do RNA, que não são contagiosos.
O cão, que não apresenta sinais clínicos relevantes, foi retirado da casa, que era a possível fonte de contaminação, em 26 de fevereiro. O novo teste foi realizado depois que o animal foi colocado em quarentena para determinar se ele estava, realmente, infectado ou se a cavidade oral e narinas estavam contaminadas com o vírus presente na residência.
Portanto, o documento do AFCD afirma que ainda não há evidencias de que animais de estimação, incluindo cães e gatos, possam ser uma fonte de infecção para outros animais ou humanos.
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Fonte: Cães&Gatos