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O que você precisa saber sobre gatos e o novo coronavírus (COVID-19)

Dois gatos domésticos no estado de Nova York foram os primeiros nos Estados Unidos a testar positivo para o coronavírus que causa a COVID-19, conforme divulgado pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças. O dono de um dos felinos foi diagnosticado com a doença, porém ninguém na casa do segundo gato testou positivo, então ainda não se sabe como o gato contraiu o vírus. Ambos os animais apresentaram sintomas respiratórios leves e devem se recuperar.

Especialistas ressaltam que são muito raros os casos de gatos de estimação que contraem o coronavírus: no mundo, existem apenas três casos confirmados de gatos domésticos (e dois casos confirmados de cães) com a doença. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças afirma que não há evidência neste momento de que a doença possa ser transmitida na direção inversa: de animais de estimação a humanos.

Um estudo recente, conduzido por um laboratório de diagnósticos veterinários no Maine, testou milhares de amostras de cães e gatos e não encontrou nenhum caso da doença. Embora a versão preliminar de um relatório sobre um pequeno experimento que testava a transmissão do vírus entre gatos tenha confirmado essa transmissão, pesquisas sugerem que gatos não são um vetor de transmissão da doença a pessoas.

Mantendo os animais saudáveis

Para manter seus bichos de estimação saudáveis, trate-os como trataria qualquer membro da família: se alguém em sua casa estiver doente, deve ficar isolado. Certifique-se de que seu animal de estimação mantenha o distanciamento social; O Centro de Controle e Prevenção de Doenças recomenda que os animais de estimação não interajam com ninguém fora de sua casa. Ao passear com um cão, mantenha uma distância aproximada de 1,80 m de outras pessoas (e animais) e evite parques para cães. Especialistas recomendam lavar as mãos antes e depois de interagir com um animal de estimação, assim como faria com uma pessoa.

Gatos Domésticos x Gatos Selvagens

Em 5 de abril, foi divulgado que um tigre-malaio no Zoológico do Bronx testou positivo para o coronavírus; em 22 de abril, foi divulgado que outros seis tigres e um leão no Zoológico do Bronx também contraíram a doença. São os primeiros tigres e leões com o vírus de que temos conhecimento.

É de amplo conhecimento que tanto gatos selvagens quanto domésticos estão suscetíveis a contrair o coronavírus felino, uma cepa distinta, mas, até recentemente, não se sabia se poderiam contrair o SARS-CoV-2, nome do coronavírus que causa a covid-19.

Acredita-se que a cepa SARS-CoV-2 do vírus tenha se desenvolvido a partir de um coronavírus de parentesco próximo encontrado em morcegos. A hipótese formulada por pesquisadores é que a cepa tenha evoluído e saltado para um animal hospedeiro intermediário e posteriormente evoluído mais uma vez até contaminar humanos.

Os cientistas vêm conduzindo pesquisas intensivamente para determinar quais outras espécies são suscetíveis à infecção pelo SARS-CoV2. Os estudos iniciais tentam identificar qualquer animal que o coronavírus seja capaz de contaminar, ainda que não cause a doença nessa espécie. Dentre as espécies que os cientistas estudam estão gatos e furões, que parecem ser ambos ao menos um pouco vulneráveis à infecção em ambiente de laboratório (alguns outros animais estudados são cães, morcegos, civetas e porcos).

Virologistas alertam que, embora o patógeno possa invadir as células de algumas espécies em laboratório, tal infecção pode não ocorrer fora do ambiente de laboratório. Também determinaram que animais infectados em laboratório podem não adoecer. Mais testes serão necessários para se obter uma melhor compreensão de como ocorre sua manifestação em animais.

Em suma, sabe-se que pessoas podem transmitir o novo coronavírus a alguns animais, mas não há evidência neste momento de que animais possam transmiti-lo a pessoas. São necessárias mais pesquisas. Por ora, o melhor é tomar as mesmas precauções com seus bichos de estimação que você toma com pessoas.

Fonte: National Geographic Brasil

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